A NATUREZA DA FÉ

15-09-2021 20:42

Há algumas perguntas que nos ajudam a refletir sobre esse assunto: 

1) Será que uma crença racionalmente correta, acreditar em uma proposição ou teologia bíblica correta é fé? 

2) Um sentimento positivo acerca de certas coisas ou situações é fé? 

3) Força de vontade é fé?

Nenhuma dessas três coisas são fé em si mesmas, embora a fé interaja com todas elas. Nossa razão ou pensamento pode estar correto, mas isso não significa necessariamente ser fé. Nossos sentimentos são muito oscilantes – ora nos sentimos bem, ora nos sentimos mal, dependendo das circunstâncias. Às vezes saímos de uma reunião com um sentimento de entusiasmo devido à palavra que recebemos, mas, com o tempo, ele se esvai. Nossa força de vontade ou disciplina pode representar uma obstinação pessoal. No entanto, todas essas coisas interagem com a fé, pois esta ilumina a nossa razão, dá o ânimo emocional necessário para fazermos a vontade de Deus e também fortalece a nossa vontade. Mas a fé no sentido bíblico é um dom de Deus (Efésios 2:8). Todas as nossas ações devem proceder da fé, caso contrário, são pecado (Romanos 14:23).

Às vezes trabalhamos o discipulado apenas em termos comportamentais e negligenciamos a questão da fé ou base de crenças, ou seja, nos apegamos apenas às questões de comportamentos, pensamentos e sentimentos certos ou errados.

Quando falamos sobre renovar, fortalecer ou fazer crescer a fé, nos referimos a que especificamente? Quando relembramos experiências que tivemos com Deus no passado, ou quando ouvimos novamente palavras que mexeram conosco anos atrás, isso nos renova, fortalece. Por exemplo, ao ouvir determinada palavra decidimos mudar, reorganizar nossa vida. Isso revigora a fé, a determinação, a disciplina, a perseverança, o ânimo, pois envolve razão, sentimento, vontade, emoções. Mas tudo procede da mesma fonte, a fé, que, por sua vez, está focada na Palavra, nas promessas, nas verdades de Deus. Fé não é magia, mas dependência, confiança em Deus.

Paulo diz em 1 Tessalonicenses 3:10 que precisava visitar aqueles irmãos para “reparar as deficiências da vossa fé”. Às vezes a nossa fé é deficiente pois está eivada de sentimentos negativos, vontades fragilizadas, pensamentos errôneos. E, devido ao fato de que ela age usando nossa razão, vontade e emoções, necessita ser reparada, transformada, renovada.

A fé sempre substitui uma coisa por outra melhor. Às vezes estamos caminhando por uma determinada direção na vida e percebemos que, apesar de ser um caminho bom, não é o melhor. Um emprego ou salário pode ser bom, mas deixá-lo por uma causa mais nobre é melhor. E o fazemos pela fé, crendo que o mesmo Deus que nos deu essa palavra também nos fortalecerá e sustentará.

Jesus disse: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33). As aflições afetam nossos sentimentos, pensamentos e vontades. Podemos entrar em dúvidas mentais, desanimar emocionalmente, enfraquecer na vontade devido às lutas e tribulações. Mas Jesus disse também: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (João 14:27). Portanto, temos de crer nessa palavra, que Jesus já venceu o mundo, pois “esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1 João 5:4).

Fé é habituar-se em coisas sólidas, repetir hábitos saudáveis como, por exemplo, orar e ler a Palavra diariamente. Se não o fazemos não é por falta de vontade e, sim, por falta de fé. A vontade fica debilitada pela falta de fé. Não há disciplina, não organizamos nossa vida em torno do que é principal. Por isso a necessidade de repetir, habituar-se em coisas sólidas, porque isso traz a perseverança, que é um fruto da fé. Perseverança é uma ação contínua e repetida diante das oposições que enfrentamos, para nos manter na fé. Então, não devemos nos deixar levar pela falta de vontade, pensamentos negativos e sentimentos contrários à vontade e Palavra de Deus. Isso faz parte da renovação da fé.

Existem 242 referências no Novo Testamento e apenas 4 no Velho Testamento acerca da fé (alguns dizem que existe apenas uma). Inclusive, a referência que está em Habacuque 2:4 (“o justo viverá pela sua fé”), Paulo cita em Romanos 1:17. No V.T. a fé é mais traduzida por “confiança”. Hebreus 11:1 é o único texto que traz uma definição contextual da fé, no entanto, toda a prática ou exemplos de fé que vemos em Hebreus 11 são de homens e mulheres do V.T. Assim, se fé é confiança e dependência em Deus, podemos aprender sua prática com essa “galeria de heróis”.

“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hebreus 12:1,2a).

Essa “tão grande nuvem de testemunhas” refere-se justamente a esses homens e mulheres do V.T. que o autor cita no capítulo 11, e todos apontam para Jesus, “o Autor e Consumador da fé”. A fé não foi criada por nós, mas é um dom de Deus (Efésios 2:8), concedido pelo Espírito Santo. Jesus é o seu autor e a demonstrou e consumou vivendo em estreita harmonia com a vontade de Deus aqui na Terra, “sendo obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses 2:8). No N.T. a fé ganha um sentido escatológico, de parousia: “Cristo em vós, esperança da glória” (Colossenses 1:27). Ele está em nós, portanto, nós antecipamos as realidades vindouras por meio da fé: já temos a vida eterna e a possibilidade de sermos transformados diariamente de fé em fé, “de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Coríntios 3:18).

Existem dois aspectos muito importantes sobre a fé: a individual e a comunitária.

A fé está na pessoa de Jesus e é repartida entre nós, seu Corpo. Ou seja, ela só está em plenitude na comunidade do Corpo. Lemos em Efésios 4:11-14 que os dons ministeriais foram concedidos à igreja “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.” Muitos textos no N.T. que dizem “fé em Jesus”, no original grego significa “fé de Jesus”, ou seja, a fé está na pessoa d'Ele.

Recebemos uma herança um pouco equivocada da Reforma Protestante de que a fé é voltada unicamente para o arrependimento e vida cristã pessoal, independentemente das obras e da relação com o Corpo. Essa herança foi reforçada por muitas filosofias individualistas que a procederam. Ou seja, entendemos que a fé é para ser exercida apenas individualmente. Alguém diz que “está bem com Deus, e isso basta”. Mas se ele não está bem com os irmãos isso não é fé verdadeira.

Quando falamos em “igreja orgânica”, pensamos em uma igreja que não tem estrutura alguma ou, então, uma estrutura que a produz e faz funcionar. No entanto, uma igreja orgânica é produzida pelos relacionamentos que temos com a pessoa de Jesus e uns com os outros. Nela os membros funcionam como órgãos vivos em uma relação íntima e dinâmica com Deus, na pessoa de Jesus, e uns com os outros. A estrutura para isso é uma questão secundária, cultural e até necessária, mas não a referência para a mesma. Se faltar fé, os dons não são distribuídos no Corpo, os ministérios não exercem suas funções, a comunhão e os relacionamentos ficam comprometidos. Sem fé, tudo o que envolve a vida de uma igreja orgânica fica prejudicado.

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho.” (Hebreus 11:1,2)

Os antigos (os personagens do V.T.) obtiveram bom testemunho pela fé. Ou seja, a fé é a referência motivadora do testemunho. Se alguém não tem um bom testemunho é porque lhe falta fé. Paulo disse: “E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos.” (2 Coríntios 4:13). Ele não podia deixar de pregar o evangelho e o que o motivava para isso era a fé.

“A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.” (Romanos 10:8-10)

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:8-10)

A fé está no coração, o centro que organiza toda a nossa vida. É ela quem faz a ligação entre o espírito e a alma, que nos traz toda convicção ou certeza. Então, a salvação é composta pela fé no coração e sua consequente expressão pela boca (testemunho). Precisamos, então, fazer um link entre a fé e as obras, tanto na vida pessoal quanto na vida da igreja, pois somos “feitura” ou “poema” de Deus, criados para praticarmos obras de fé.

Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.” (Hebreus 12:3)

A Ciência tem lutado há séculos para descobrir a origem do universo e não chega à uma conclusão, pois esse é espiritual. Os aspectos físicos do mundo revelam a espiritualidade, pois ele foi formado pela Palavra de Deus. As coisas que nele existem vieram do que é invisível, mas só podemos compreender isso pela fé. Tudo veio a existir pela mão criadora de Deus. E, quando a Ciência descobre algo, não afeta o todo. Os homens podem até interpretar erroneamente, distorcer a interpretação bíblica, mas não conseguem alterar o fundamento da Palavra de Deus.

Podemos, então, afirmar que a fé torna em substância as coisas que não vemos, que não são. Nós cremos, esperamos e enxergamos as coisas pela fé. Como diz Paulo, “não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2 Coríntios 4:18). A fé enxerga a eternidade!

Precisamos, sim, exercitar fé pessoal, individual, mas não a temos em plenitude, pois ela é repartida entre os santos. Não temos em nós mesmos todos os dons, os ministérios, os serviços. Todas as religiões têm suas crenças, mas só o Cristianismo tem fé, pois esta “uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3).

Há uma intolerância religiosa em nossos dias que quer atingir os cristãos de modo geral, pois esses se posicionam contra as pautas contrárias aos princípios da Palavra de Deus. E, de fato, temos de fazer isso, pois entendemos que a única verdade é Cristo. Não somos donos da verdade, mas “a verdade é dona de nós”. Jesus é o nosso Senhor. “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6). Não podemos abrir mão disso, mas a sociedade quer que o façamos para nos associarmos, em nome da paz no mundo, a uma consciência de tolerância com o erro, com o engano, com falsas doutrinas. O mundo quer a paz, mas só Jesus é a paz. O que estão tentando fazer é uma construção humana em nome da paz. “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição...” (1 Tessalonicenses 5:3).

Se os nossos pensamentos, sentimentos e vontades estiverem alinhados à vontade de Deus, mesmo que às vezes eles não procedam diretamente da fé estarão certos, porque estão vinculados à verdade. Todas as pessoas foram criadas em fé, mas, como a humanidade caiu no pecado, a perderam. A redenção, por sua vez, nos restituiu essa fé. No entanto, aqueles que ainda não creram em Jesus preservam alguns traços da imagem e semelhança de Deus. Então, quando alguém deseja algo e têm ânimo, força, disposição para buscar e está em harmonia com a verdade, acaba conseguindo. Então nós, os cristãos, que temos a fé, devemos fazer aquilo que sabemos que dará certo, que está de acordo com a verdade e a vontade de Deus.

E o que dizer da fé comunitária? Há uma frase que diz: “a vida imita a arte mais que a arte imita a vida”. As novelas, por exemplo, buscam refletir os aspectos da cultura, interpretar a realidade cotidiana. São métodos, artifícios ou técnicas malignas. A música, a literatura e outras artes sempre procuram entender e interpretar a realidade. Quando buscamos suas origens, vemos que elas foram criadas para a glória de Deus, mas foram distorcidas pela sociedade. São dons que Deus deu às pessoas para refletir a Sua criação, demonstrar que tudo foi feito para Ele. A mitologia grega, por exemplo, direcionou as mesmas para seus deuses. A própria palavra “Deus” vem de Zeus. Mas Deus quer nos revelar que Ele é o único e verdadeiro THÉOS que Se revelou como KYRIUS, O SENHOR, na pessoa de Jesus. Se verificarmos o épico da criação na mitologia grega, veremos, de alguma forma, o relato de Gênesis. Isso é uma prova da verdade, e não algo contrário à mesma. A revelação em sua origem é verdadeira, é a essência, apesar de ter sido distorcida. Assim, a mitologia apenas comprova a verdade cristã.

A palavra “técnica” no grego é téchne e se traduz por “arte” ou “ciência”, ou seja, técnicas de representação da verdade ou da realidade. Então nós, de alguma maneira, somos artistas, pois representamos a verdade ou a realidade por meio da fé. A arte, a música, a literatura, a poesia, o teatro são técnicas de representações simbólicas e culturais do que a vida é na prática. Da mesma forma nós, cristãos, temos de nos fazer representar como comunidade expressando o que é a vida da fé. Uma só pessoa não representa essa fé, mas o Corpo, a comunidade representa: “Até que TODOS cheguemos à unidade da fé” (Efésios 4:13).

É através dessas representações que formamos a nossa compreensão da realidade e esta vem das diversidades representativas. Quando a Bíblia diz que “entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus”, certamente essa compreensão nos é dada pela representação da arte divina na Sua criação. Quando olhamos para o Céu, por exemplo, entendemos que só o Criador pode ter feito o mesmo – Ele Se faz representar na Sua criação. A fé nos faz enxergar as representações divinas na criação e na redenção e, por isso, só as compreendemos pela fé (Romanos 1:18-23).

 Pela compreensão e percepção espiritual da realidade, pela revelação da Palavra de Deus vamos nos comunicando e entendendo tudo pela fé. Isso elucida nossa mente, fortalece nossa vontade e renova nosso ânimo emocional. Entendemos que o mundo foi criado pela Palavra de Deus, ou seja, que há uma origem cristológica na criação. Jesus é o verbo, o logos, a Palavra criadora. A fé, diferentemente da razão, vontade e emoções, é que nos dá essa confiança e certeza. Ela não é uma propriedade da alma humana, mas um dom, um presente de Deus ao homem.

Em Efésios 4:5, Paulo diz que há “uma só fé” e essa está em um só Senhor, um só Cristo, um só Deus. No entanto, ela é dada ou repartida aos santos, aos eleitos. Ela se expressa na diversidade do Corpo (Romanos 12, 1 Coríntios 12, Efésios 4 e outros). Temos, então, essas representações por meio das diversas expressões que Deus nos concede. A realidade do mundo sensível é maior do que a nossa capacidade de compreendê-lo. Compreendemos partes, mas não o todo. As diversidades ou representatividades nos fazem compreender o todo pela fé que se baseia na verdade.

“...e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Efésios 2:17-21)

Vemos no texto que a razão não é suficiente para conhecermos a Deus; precisamos da Sua revelação. Começa pelo fato de sermos habitação de Cristo pela fé; depois, que precisamos de todos os santos para conhecer o Seu amor; e, por fim, para que sejamos tomados de toda a plenitude de Deus. Essa plenitude habita “em nós”, “na igreja”, na coletividade e diversidade do Corpo.

“Dou graças ao meu Deus, lembrando-me, sempre, de ti nas minhas orações, estando ciente do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e todos os santos, para que a comunhão da tua fé se torne eficiente no pleno conhecimento de todo bem que há em nós, para com Cristo.” (Filemon 4-6)

Esses dias ouvi algo muito interessante: “O que contemplamos, nos transforma” (2 Coríntios 3:18). Então pensei: Ficamos na TV, na internet, nas coisas da vida... contemplando! E essas coisas vão nos transformando! Contemplar é “templar juntos”, adorar juntos. Quem adora ídolos se torna semelhante a eles (Salmos 115:8). Aquilo a que nos apegamos nos transforma. Isso meu deu um grande temor, pois muitas vezes estamos “templando” junto com o mundo e sendo transformados à sua mesma imagem e semelhança. E, pior, achando que aquilo é verdade, pois “todo mundo faz”.

Mas o texto diz que apenas a comunhão da nossa fé no verdadeiro templo espiritual (a igreja, o Corpo de Cristo) nos dará o “pleno conhecimento de todo o bem que há em nós para com Cristo”. Tudo o que é bom, verdadeiro está em uma pessoa, Jesus Cristo, e ele foi dado à igreja, o seu Corpo. Precisamos mudar nossa mentalidade acerca da igreja e reconhecer que não podemos conhecer toda a verdade de Deus sozinhos.        A fé pertence aos santos, aos eleitos de Deus. Se alguém é cristão ele tem fé; não a sua plenitude, pois esta foi repartida no Corpo:

“Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade, na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos” (Tito 1:1,2).

Jesus se encarnou na história, no tempo cronológico humano (chronos). Ele trouxe a eternidade (aeon) para a história humana. Ele nasceu, viveu e ensinou seus mandamentos em nosso tempo ou história, pois é aqui que nós vivemos. Da mesma forma, Jesus morreu e ressuscitou em nossa história. No entanto, há uma coisa que só aconteceu na eternidade: ele foi glorificado! Mas isso de nada nos serviria se não ficássemos sabendo. Se não tivéssemos o testemunho de Deus de que Jesus foi exaltado não saberíamos disso. A prova disso é que ele nos deu o Espírito Santo, que testemunha ao nosso coração que Jesus Cristo é o Senhor! Assim, quem vem ao nosso coração no batismo do Espírito é o próprio Jesus glorificado. Aquele que está à direita de Deus e foi glorificado vem habitar em nós e, por isso, podemos testemunhar com poder da nossa fé:

“Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos” (2 Coríntios 4:13).

 

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